terça-feira, 8 de abril de 2008

O sigilo de Jardim Gonçalves!!!


Jardim Gonçalves deu uma entrevista estranha ao “Público”. Não por ter respondido às perguntas por escrito e sem edição do jornal (em casos excepcionais é admissível), mas porque a entrevista tem uma preocupação fundamental: defender o seu nome e o das pessoas que consigo trabalharam, que considera terem ficado chamuscados com a novela dos últimos meses.
Até aqui nada de mal. Afinal, quem não se sente não é filho de boa gente. É verdade. Porém, o problema é que Jardim quer que acreditemos na sua defesa recorrendo à “fé”, porque quando os jornalistas tentam descer aos pormenores (por exemplo, “o BCP tinha a propriedade das sociedades ‘off-shore’?”) não responde, invocando o sigilo bancário.
Ninguém pede a Jardim que viole a santidade da relação banco/cliente. Todavia, se o sigilo bancário o condiciona tanto, sabe que não pode apresentar (à opinião pública) provas factuais da sua inocência. Ainda que ela exista. Quando muito poderá “exibir”, um dia, a decisão final dos inquéritos da CMVM e Banco de Portugal?
É por isso que Jardim não devia ter dado esta entrevista agora: o mercado julga factos, não actos de “fé” e enquanto Jardim não apresentar factos, corre o risco de ficar com a fama? sem ter o proveito. É pena, uma pessoa com o seu currículo e craveira intelectual merecia terminar melhor a carreira. Porque dinheiro não é tudo, como se percebe pela sua angústia...
Comentário:
"convi"

As "off-shore" e a porcaria!
Quanto ao BCP e à gestão(danosa ao que parece!) já está tudo dito.O que não percebo é estar-se a dar grande importancia ao BCP versus off-shore quando o próprio Governo(desgoverno,aliás) do "jogging" Sócrates fez aplicações de centenas de milhões de euros em off-shore!Então o que é "vigarice" ou "trampice" para um lado não o é para o outro?Isto é mesmo uma "cambada" de cameloides!