A investigação criminal ao caso do BCP vai terminar no próximo, segundo a promessa da procuradora do Ministério Público (MP) encarregue deste processo.
“Os próximos dois meses vão ser muito importantes, com muitas diligências, de forma intensiva”, afirmou Teresa Almeida, em declarações ao “Diário Económico”. O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa tinha já assumido, depois de ter recebido em Julho o relatório final da CMVM, que o período a seguir às férias seria marcado por um novo impulso nas investigações. Desde então, o MP tem tido reuniões com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e com o Banco de Portugal (BdP), que também investigaram ou ainda estão a investigar o maior banco privado português. “Tem havido uma colaboração excepcional e ao mais alto nível” entre as entidades, defende Teresa Almeida.Ainda assim, e apesar da importância deste processo, há um problema prático que se arrasta há vários meses e que ainda não foi solucionado: os dois magistrados do MP que estão encarregues do caso – e que são coordenados por Teresa Almeida – não estão ainda a trabalhar em exclusividade neste processo. “Já pedimos o reforço da secção, porque precisamos dessa exclusividade como de pão para a boca”, afirma a procuradora, salientando que, a nível interno do MP, esse pedido já foi feito e deverá ser atendido, “até porque se trata de um processo prioritário”.
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