segunda-feira, 10 de março de 2008

Crime sem castigo (BCP)

( Luísa Bessa ) J. N.




A OPA do BCP sobre o BPI começou mal. Não pelo que estava em causa – uma operação que fazia sentido em termos de racionalidade económica, como a proposta de fusão apresentada um ano e meio mais tarde pelo BPI veio confirmar – mas pela forma, com indícios de que o lançamento da operação transpirou para fora do círculo restrito em que estava a ser preparada e chegou ao conhecimento de intervenientes do mercado.

Foi de tal forma que, naquela segunda-feira de manhã, dia 13 de Março de 2006, circulavam rumores sobre o lançamento de uma OPA e houve mesmo quem, inadvertidamente, revelasse conhecimento da operação antes da comunicação oficial. Foi muito diferente do que se passou quando o BPI fez o anúncio da sua proposta de fusão amigável ao BCP, que apanhou literalmente toda a gente desprevenida. O que também vale para sublinhar a diferença da gestão entre os dois bancos e pode perceber-se melhor à luz do descontrole que se seguiu no BCP.

O que se passou, e que está claramente descrito no trabalho dos jornalistas André Veríssimo e Maria João Gago, nas páginas que se seguem neste jornal, levou a CMVM a agir e a tentar perceber o que levou a corretora Lisbon Brokers a efectuar um “research” extraordinário recomendando a subida do preço alvo e a compra do BCP e alguns dos seus clientes, entre os quais Patrick Monteiro de Barros e Joe Berardo, a efectuarem aquisições de papel do BCP poucas horas antes do lançamento da OPA e a venderem dias mais tarde, com significativas mais-valias.

Tudo o que foi apurado não foi suficiente para impedir o arquivamento das suspeitas de “insider trading” no lançamento da OPA do BCP pelo BPI. Apesar de o encadeamento das operações ter tornado evidente que houve beneficiários não foi possível chegar à identificação da origem da fuga de informação. Se tudo se passou como parece, é um caso de crime perfeito.

Claro que podemos estar perante coincidências. Mas quando há coincidências a mais aplica-se o velho ditado das bruxas.

Para haver concorrência perfeita, todos os agentes devem ter a mesma informação. Esse é um dos pressupostos de um mercado eficiente, que funciona de acordo com as regras. Mas no mercado de capitais há sempre alguma assimetria de informação.

Garantir igualdade de acesso à informação e que não há investidores a tirarem proveito próprio de acesso privilegiado é a cruzada da CMVM. Desde a sua criação, em 1991, já por diversas vezes apertou mais a rede e propõe-se fazê-lo de novo, com o conjunto de propostas que tem em consulta pública

A CMVM tem um papel ingrato. Os investidores não apreciam as suas chamadas de atenção e as regras que lhes custam tempo e dinheiro, nem os jornalistas, que vêem dificultada a tarefa de dar informação em “primeira mão”. É verdade que o regime de divulgação de informação relevante é por vezes excessivo e roça a burocracia, sendo que nem sempre se percebem os critérios que fazem a CMVM exigir esclarecimentos nuns casos e dispensá-los nos outros.

Também o regulamento proposto para a informação financeira padece do mesmo mal. Tem propostas manifestamente desajustadas da realidade e outras excessivamente burocráticas e nem sequer vai tão longe quanto é prática em jornais de referência como o Financial Times, que impõem internamente a declaração de interesses dos jornalistas. Mas é preferível ter um regulador que funcione do que um polícia que faz vista grossa às infracções de trânsito. E os jornalistas são os primeiros a perceber as vantagens da credibilidade.

Promete Carlos Tavares ( Caso BCP)

A CMVM divulga conclusão de caso de pequenos accionistas até Abril. Responsável alerta para imputação de responsabilidades no banco, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que irá divulgar a conclusão da investigação a um primeiro caso de pequenos accionistas do BCP entre Março e Abril deste ano. «Em Março ou Abril teremos a divulgação de um primeiro caso de pequenos accionistas», afirmou aos jornalistas o presidente da instituição, Carlos Tavares. Quanto ao processo «grande», esse ainda está a ser «desenvolvido». «Há uma situação importante que é a imputação de responsabilidades, desde os que conceberam, executaram ou tiveram conhecimento», adiantou o responsável, sublinhando que «os crimes são de pessoas e não da instituição». O presidente da CMVM salientou que o processo está, em algumas partes, próximo do fim, mas que estão dependentes do trabalho do Ministério Público para também concluírem o seu. «O nosso interesse não é demorar, até porque temos outros casos para tratar», terminou. Recorde-se que também ontem, o novo presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, garantiu que irá encontrar uma solução para os pequenos accionistas até à próxima Assembleia-geral (AG) do banco. Estas queixas estão relacionadas com os problemas ocorridos, em 2001, devido ao aumento do capital do banco e que resultaram que elevadas perdas para os pequenos accionistas.

Publicado por Encarnação

O BCP continua a extorquir os lesados..

Antes de Joe Berardo já a CMVM e BdP tinha denúncias documentadas de manipulação da cotação do título BCP pelo esquema que o BCP montou, mas como eram da "raia miúda" estes supervisores diziam que consultando o BCP estava tudo bem. Hoje há milhares de famílias destroçadas pelas vigarices do BCP que é impossível indemnizar por todos estes anos de sofrimento e privações. Contudo os criminosos continuam a gozar do que roubaram. Mesmo com esta administração continuam a extorquir as vítimas, se a administração está de boa fé e empenhada em resolver o problema dos pequenos accionistas que suspendam de imediato esses carrascos dos interlocutores que tudo fazem para prolongar e agravar os danos infligidos às vítimas.

sinto-me: Triste com nossa Justiça
música: No coração

A fraude do BCP ( Promessa de sua resolução )


O presidente do Millenium bcp assumiu, pessoalmente, perante investidores e analistas, a responsabilidade de encontrar uma solução para o problema dos pequenos accionistas que recorreram a crédito do banco para comprar acções da própria instituição, podemos ler na melhor publicação económica de 2006 que, ainda assim, só serve para limpar o rabo. . O que é que esta notícia tem de curiosa? Para o incauto leitor, que vem ao nosso blog pela primeira vez, há de curioso que o presidente de um banco diga que vai resolver o problema dos pequenos accionistas. Mas os nossos leitores habituais já perceberam que não há problema nenhum de pequenos accionistas. Aliás, os pequenos accionistas não têm problema nenhum. Aquilo que está noticiado é o que se chama de uma mega fraude financeira. Eu explico. . Imagine o camarada leitor que quer montar um banco. Levanta-se da cadeira e vem ter aqui com o Camarada Toni, que é um sujeito abastado, para reunir capital. O camarada Toni, não tendo dinheiro para tamanha empresa pelo que mete dinheiro no banco e depois pede emprestada a mesma quantia. Se o camarada leitor estiver a seguir, percebe que não interessa o montante que eu estou a meter no banco, na verdade não estou a meter nenhum. Aquele que eu meto, o banco devolve-me na forma de empréstimo que pode ir rolando. Se a administração do banco me garantir dividendos acima da taxa de juro, coisa que num banco é, por definição, uma trivialidade, até ganho dinheiro nisto tudo sem com isso meter lá dinheiro de facto. . Porque é que isto é uma fraude? Porque os bancos estão obrigados a regras de solvabilidade que impõe que, grosso modo, 8% de cada empréstimo venha dos capitais próprios do banco, impedindo que o banco empreste o dinheiro que quer ou pode a partir dos depósitos. Desta forma, um banco pode emprestar 12,5 vezes os seus capitais próprios. Com a manigância de emprestar o dinheiro aos accionistas, mesmo pequenos, cada euro de capital assim reunido permite ao banco emprestar mais 12,5 euros quando, na realidade, não entrou nada. Ao fim do dia, o BCP pôde emprestar de forma ilícita quando os seus concorrentes, que cumpriram, não puderam. . Claro que o camarada leitor já percebeu a trafulhice que foi feita. E, claro também, que os maduros do Banco de Portugal ainda andam aos papéis a perceber o que aconteceu mesmo nas suas barbas. Mas o melhor é não incomodar o Dr. Constâncio com estas miudezas, ele anda tão preocupado em perceber o país onde vive...

sinto-me: Estupfacto...

Quando a verdade é real!...

Marinho Pinto, sempre falou da corrupção da mesma forma!"Ontem muito bem!" hoje como bastonário, parece mais difícil, porque os corruptos, são defendidos por advogados, muitos vezes até o processo ser arquivado por expiração de prazo... Por isso os advogados sabem de quase toda as corrupções que lhe passam pela mão. Marinho Pinho é homem sério e corajoso e mais parece ter um sentido apurado de responsabilidade nos casos de acusações "muito mal investigadas"...e quando assim, podem aniquilar pessoas para toda a vida. Ver Caso Casa PIA,"Decapitação do PS" e os problemas gravíssimos que o BCP, causou a pequenos accionistas, em termos de grandes prejuízos e danos morais! Pouco faltou para ser DECAPITADO. UM dia se saberá quem comandou este processo... Mas quando esses “abutres” morrem ou estarem inactivados! Aí haverá toda a verdade? Era importante; pois os PEDÓFILOS E CRIMINOSOS vagueiam livremente em todo o País... Não é fácil para o Bastonário dos Advogados, mas nota-se que é homem Sério e corajoso e que nem as corporações da Justiça ele perdoa. Ele sabe muito bem o que diz, mas os ladrões e mafiosos deste País, não gostam de ouvir estas verdades, pois ele está muito habituado a ser interlocutor de vários processos judiciais e conclui que quem costuma ganhar são sempre os do grande capital… E estes nunca vão para a prisão pelos seus crimes… É triste não haver uma justiça correcta!

Desconfiança total no BCP...

As grandes desconfianças que se criaram à uns anos para cá! E neste momento, o conhecimento é público e vai ser muito difícil voltar à normalidade. Primeiro o BCP será obrigado a corrigir a informação prestada ao mercado sobre as suas contas, caso se prove que as operações suspeitas deturparam o valor dos capitais próprios do banco, admitiu como admitiu o presidente da CMVM. Carlos Tavares, revelou que todos os indícios apontam para o facto de a informação prestada pelo BCP ao mercado não ter sido “completa nem verdadeira, o que impediu o diagnóstico e a prova”. O regulador foi mesmo mais longe e sublinhou que o BCP prestou informação falsa à CMVM. Para voltar à confiança terá de emendar contas de muitos milhares de clientes, desde 1999 ( "famigeradas de manipulação" de créditos de aquisição de acções próprias BCP )... E ainda para cúmulo da desgraça económica, temos o Sr. Jardim Gonçalves (principal criminoso económico), ter continuado com as mordomias de utilização do avião do BCP, para deslocar-se a consultas médicas fora do País... Não haja dúvidas que este Senhores continuam a ser donos do País e não há Instituição Superior que os consiga punir ou os detenham, pelos crimes horrendos (económicos) que fizeram a milhares de famílias portuguesas, que neste momento passam fome e miséria. ... E continuam "sem ser punidos"... E ainda, "por castigo" e de acordo com contas feitas por este jornal, ganharam direito à reforma cinco antigos membros do conselho de Administração: Paulo T. Pinto (Substituiu António Sousa Cardoso, empresário e secretário da Associação Nacional de Jovens Empresários, candidato único, "ainda por descalabro"),Christopher de Beck, Filipe Pinhal, Alípio dias e Alexandre Bastos Gomes - custaram ao bolso dos accionistas cerca de 80 milhões de euros... E neste momento, é de conhecimento público que nos aumentos de capital de 2000/2001, o banco teve prejuízos de cerca de 700milhões de euros. No fundo de pensões do BCP, desapareceram cerca de 116 milhões! E o governo ainda não consegue ver todas estas “ trapalhadas”!…
sinto-me:
música: Actualidades...

JUSTIÇA

–O Ministério Público e da Polícia Judiciária parece que recebeu uma granada que lhe vai rebentar nas mãos. Em Portugal, uma parte dos crimes que pode estar em causa neste dossier BCP ou tem prazos curtos ou molduras penais tão pequenas que não justificam um elevado investimento em meios técnicos e humanos. Outros, com maior dimensão sancionatória – como o branqueamento, gestão danosa, burla, associação criminosa – exigem uma blindagem probatória muito complexa. Sobretudo tratando-se de um banco com a dimensão do BCP, dos muitos e delicados interesses que estão em jogo, de figuras tão tutelares no sistema financeiro como Jardim Gonçalves. Depois de tudo ter falhado não se peça, com a facilidade e o cinismo que se vê por aí, que a Justiça faça o seu trabalho, como estivesse nela a obrigação patriótica de regenerar o sistema financeiro. Depois de todos os organismos de supervisão terem pactuado com o regabofe, não apenas no BCP, como se está a ver, só faltava mesmo que atirassem as responsabilidades salvíticas para o sistema de Justiça...

RECESSÃO ECONÓMICA (Culpa do Millenniumbcp)

Penso que é devido a este banco , que estamos em GRANDE RECESSÃO!... Estes problemas foram-se multiplicando, já desde 1999 até ao momento! Porque não resolvem uma vez por todos este monstruoso problema? E devolvam o que extorquiram aos pequenos clientes/accionistas, que estão deprimidos e a passar fome! Quem rouba milhões, são "Barões"; mas quem rouba tostões são ladrões! Onde está a Justiça? -Porque não são congelados todos os bens dos burlões que saíram do BCP e seus staffs... E também bloquearem todas as reformas e indemnizações que receberam! - Pois foi assim que fizeram aos pequenos clientes/accionistas e algumas empresas, a lapidação de seus bens a muitos milhares, desde 1999 até hoje( "famigeradas de manipulação" de créditos de aquisição de acções próprias BCP )... Pois foi assim que deram o grande passo de gigante para a construção do MILLENNIUMBCP... Tudo à custa da desgraça dos clientes/accionistas... Por isto; que paguem o que roubaram... E devolvam a confiança aos clientes. A anterior administração do BCP, deixou o banco nesta situação calamitosa, e ainda foram contemplados com indemnizações de muitos milhões de euros, e com reformas, de dezenas de milhares de euros mensais, equivalente ao que recebe um colaborador normal do banco em dois anos. Será que esses cavalheiros não terão de devolver esse dinheiro ao banco? Será que ficam com essas reformas chorudas? Se assim for, já não tenho mais dúvidas que somos um país de trafulhas, onde o crime compensa, e de que maneira. É mais que evidente, que ninguém vai ter coragem para castigar os responsáveis de toda esta vigarice. Vamos levar com mais desconfianças sobre o Banco, para sempre...

música: " O MAIOR GOLPE DO MUNDO "

Crime sem castigo (BCP)


A OPA do BCP sobre o BPI começou mal. Não pelo que estava em causa – uma operação que fazia sentido em termos de racionalidade económica, como a proposta de fusão apresentada um ano e meio mais tarde pelo BPI veio confirmar – mas pela forma, com indícios de que o lançamento da operação transpirou para fora do círculo restrito em que estava a ser preparada e chegou ao conhecimento de intervenientes do mercado. Foi de tal forma que, naquela segunda-feira de manhã, dia 13 de Março de 2006, circulavam rumores sobre o lançamento de uma OPA e houve mesmo quem, inadvertidamente, revelasse conhecimento da operação antes da comunicação oficial. Foi muito diferente do que se passou quando o BPI fez o anúncio da sua proposta de fusão amigável ao BCP, que apanhou literalmente toda a gente desprevenida. O que também vale para sublinhar a diferença da gestão entre os dois bancos e pode perceber-se melhor à luz do descontrole que se seguiu no BCP. O que se passou, e que está claramente descrito no trabalho dos jornalistas André Veríssimo e Maria João Gago, nas páginas que se seguem neste jornal, levou a CMVM a agir e a tentar perceber o que levou a corretora Lisbon Brokers a efectuar um “research” extraordinário recomendando a subida do preço alvo e a compra do BCP e alguns dos seus clientes, entre os quais Patrick Monteiro de Barros e Joe Berardo, a efectuarem aquisições de papel do BCP poucas horas antes do lançamento da OPA e a venderem dias mais tarde, com significativas mais-valias. Tudo o que foi apurado não foi suficiente para impedir o arquivamento das suspeitas de “insider trading” no lançamento da OPA do BCP pelo BPI. Apesar de o encadeamento das operações ter tornado evidente que houve beneficiários não foi possível chegar à identificação da origem da fuga de informação. Se tudo se passou como parece, é um caso de crime perfeito. Claro que podemos estar perante coincidências. Mas quando há coincidências a mais aplica-se o velho ditado das bruxas. Para haver concorrência perfeita, todos os agentes devem ter a mesma informação. Esse é um dos pressupostos de um mercado eficiente, que funciona de acordo com as regras. Mas no mercado de capitais há sempre alguma assimetria de informação. Garantir igualdade de acesso à informação e que não há investidores a tirarem proveito próprio de acesso privilegiado é a cruzada da CMVM. Desde a sua criação, em 1991, já por diversas vezes apertou mais a rede e propõe-se fazê-lo de novo, com o conjunto de propostas que tem em consulta pública A CMVM tem um papel ingrato. Os investidores não apreciam as suas chamadas de atenção e as regras que lhes custam tempo e dinheiro, nem os jornalistas, que vêem dificultada a tarefa de dar informação em “primeira mão”. É verdade que o regime de divulgação de informação relevante é por vezes excessivo e roça a burocracia, sendo que nem sempre se percebem os critérios que fazem a CMVM exigir esclarecimentos nuns casos e dispensá-los nos outros. Também o regulamento proposto para a informação financeira padece do mesmo mal. Tem propostas manifestamente desajustadas da realidade e outras excessivamente burocráticas e nem sequer vai tão longe quanto é prática em jornais de referência como o Financial Times, que impõem internamente a declaração de interesses dos jornalistas. Mas é preferível ter um regulador que funcione do que um polícia que faz vista grossa às infracções de trânsito. E os jornalistas são os primeiros a perceber as vantagens da credibilidade...